sexta-feira, outubro 26, 2007

:: hoje revisitei as minhas lembranças e entristeci-me de saudade ::


:: hoje revisitei as minhas lembranças e entristeci-me de saudade ::

Tudo tarda, excepto o que já não volta.
Há ruas onde a noite cai silenciosa e o chão molhado da primeira chuva que reflete as poucas luzes deste lugar desolado.
Há o edifício velho e a saudade do que ficou , nas mesmas ruas, no jardim decadente, mas... Ainda assim as ruas, os seus quarteirões desordenados, o café de sempre de todos os dias parecem reverberar ... Ainda , parcamente em meus ouvidos.
O Passado e o que é triste viaja mais depressa , na impossibilidade do algo mais, deixando me aqui um presente possível...
Mas pelo menos há a esperança de que posso adormecer. Que posso recriar e colorir esse meu mundo em tons caiados a saudade ....
Ainda que a música tornou-se-me estranha, cheia de corredores assombrados.
O que me é demasiado familiar... Sinto que tudo pode tornar-se assim: gigantesco, contundente!
E agora em meu quarto , e nas quatro paredes do quarto dentro de mim , ao lado da estante dos CD's ergue-se uma nova pilha de coisas que não conhecia.
Afinal não adormeci com Sigur Ròs. adormeci no silêncio. E mais uma vez sonhei !

Posted by Saturnine Adaptado e publicado do texto : presentes de aniversário ; Port of Call Silje Nergaard ; Mass, Sequentia "Dies Irae" Brumel

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É possivelmente a sensação de alívio, senão mesmo de rejúbilo, após dois ou três passos tímidos que confirmam que se pisa solo de confiança. tudo isto se resume ao encontro de um sítio onde se pode estar. esforcei-me durante muito tempo por não recordar certos sons, dos mais belos de todos, por receio de quebrar qualquer coisa cá por dentro ante tanta beleza simultânea.
Deixei Sigur Rós gravados no silêncio. Hoje, foste acordá-los, e sei que sairão da estante, mesmo sabendo que me deixam ainda sem qualquer proteção contra a noite.*
Vítor Oliveira Jorge ;

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