quinta-feira, maio 31, 2007

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SONETO XCI
Alguns cantam seu berço, alguns talento,Alguns riqueza, alguns seu corpo sao,Alguns as vestes, mesmo de um momento,Alguns o seu falcao, cavalo ou cao;Toda emocao traz seu proprio prazer,Que uma grande alegria neste tem;Mas nao sei desses meu gáudio fazer,Pois eu supero a todos com um só bem.Mais que berço para mim é o teu amor,Mais rico que a riqueza, que tecido,Maior do que animal é o teu valor;Tendo a ti sou por tudo envaidecido:Sou desgraçado só no tu poderesLevando tudo, infeliz me fazeres.(William Shakespeare)
"Existem derrotas, mas não existe o sofrimento. Um verdadeiroguerreiro sabe que ao perder uma batalha está melhorando sua arte de manejar aespada. Saberá lutar com mais habilidade no próximo combate.""Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um 'sim' ou um 'não' pode mudar toda a nossa existência."Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize o seudesejo".
Lute sempre...




Amo-te tanto, meu amor...nao cante


O humano coracao com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante


Numa sempre diversa realidade.


Amo-te afim, de um calmo amor prestante


E te amo além, presente da saudade.


Amo-te, enfim, com grande liberdade


Dentro da eternidade e a cada instante.


Amo-te como um bicho, simplesmente


De um amor sem mistério e sem virtude


Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Rio, 1951


Vinicius de Moraes



AMARQue pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?amar e esquecer,amar e malamar,
amar, desalmar, amar?sempre, e até de olhos vidrados, amar?Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotacao universal, senaorodar tambem, e amar?amar o que o mar traz à praia,o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisao de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoracao expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chao de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuido pelas coisas pérfidas ou nulas,
doaçao ilimitada a uma completa ingratidao,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Amo tudo neste mundo....



O amor, quando se revela,
Nao se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas nao lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Nao sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que estao a amar!
Mas quem sente muito, cala
;Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que nao lhe ouso contar,
Ja nao terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar
.
.
.
(Fernando Pessoa)
“Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar,
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos.
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor
Ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão
E seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos
E os corações aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa
Quando está infeliz com o seu trabalho ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho.
Quem não se permite
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje!
Arrisque hoje!
Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Não se esqueça de ser feliz!”
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Poética (I)
De manha escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanha
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.
(Vinicius de Moraes)
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As sem-razoes do amor
Eu te amo porque te amo.
Nao precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graca
e com amor nao se paga.
Amor é dado de graca,
é semeado no vento,
na cachoeira,
no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque te amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor nao se troca,
nao se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem(e matam)
a cada instante de amor.

(Carlos Drummond de Andrade)
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Obs: Esse continua lindo e simples !
Nao sei mudar template!Bjus
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Como no palco o ator que é imperfeitoFaz mal o seu papel só por temor,Ou quem, por ter repleto de ódio o peitoVê o coracao quebrar-se num temor,
Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixao;E o meu amor eu vejo enfraquecido,Vergado pela propria dimensao.Seja meu livro entao minha eloquencia, Arauto mudo do que diz meu peito,Que implora amor e busca recompensa
Mais que a lingua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.
(William Shakespeare)
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- Para os timidos!
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Obs: Em negrito, minhas primeiras palavras