“Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar,
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos.
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor
Ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão
E seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos
E os corações aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa
Quando está infeliz com o seu trabalho ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho.
Quem não se permite
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje!
Arrisque hoje!
Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Não se esqueça de ser feliz!”
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Poética (I)
De manha escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanha
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.
(Vinicius de Moraes)
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As sem-razoes do amor
Eu te amo porque te amo.
Nao precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graca
e com amor nao se paga.
Amor é dado de graca,
é semeado no vento,
na cachoeira,
no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque te amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor nao se troca,
nao se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem(e matam)
a cada instante de amor.
(Carlos Drummond de Andrade)
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Obs: Esse continua lindo e simples !
Nao sei mudar template!Bjus
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Como no palco o ator que é imperfeitoFaz mal o seu papel só por temor,Ou quem, por ter repleto de ódio o peitoVê o coracao quebrar-se num temor,
Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixao;E o meu amor eu vejo enfraquecido,Vergado pela propria dimensao.Seja meu livro entao minha eloquencia, Arauto mudo do que diz meu peito,Que implora amor e busca recompensa
Mais que a lingua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.
(William Shakespeare)
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- Para os timidos!
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Obs: Em negrito, minhas primeiras palavras
quinta-feira, maio 31, 2007
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