sábado, outubro 06, 2007

El eremita , el pelegrino ....El hombre solo!



Peregrino de Deus..onde vais...?
Anos caminhando junto ao Mestre
Peregrino, na Vida, da Vida e do Amor
Discípulo que não sonha ser Caminho,
Porque o Caminho
É a sua Vida e,
Esperança…

"As raposas têm os seus covis, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. "Lc 9,58.
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Conto do eremita
Ou...
Santidade Verdadeira



Havia um eremita que morava numa caverna do deserto e cujo único alimento consistia em raízes, avelãs e um pouco de pão que os camponeses lhe davam.
Ele passava o dia inteiro rezando e lendo as Sagradas Escrituras, e a cada hora da noite ele se levantava e fazia uma breve oração, pois desejava levar uma vida aceitável para Deus e ser um santo verdadeiro - um dos maiores e melhores que já se viu no mundo.
Finalmente, quando envelheceu, tendo-se mantido fiel em suas orações, jejuns e vigílias por muitos anos, pediu ao Senhor que lhe mostrasse o progresso obtido na vida espiritual.
- Oh, Deus ! - rogou. - Mostrai-me alguém que tenha conseguido maior santificação que eu, e assim poderei ver como melhorar a minha vida.
E imediatamente sua prece foi atendida. Um anjo vestido de branco veio até ele e disse: - Amanhã vai até a cidade mais próxima e no mercado encontrarás um palhaço fazendo truques e provocando o riso das pessoas. Ele é o homem que procuras.
O eremita ficou surpreso e humilhado, pois suspeitava que não houvesse alguém melhor que ele. Mas fez o que lhe foi dito, e na praça pública achou um homem que tocava primeiramente uma música, depois entoava uma canção, em seguida fazia uns truques de mágica, e por fim passava o chapéu.
O eremita o observou com desgosto, mas, terminada a apresentação, levou-o a uma pequena distância e perguntou-lhe se fora sempre um palhaço, o que fizera de bom, e que orações e penitências teria feito para tornar-se amado por Deus.
O sorriso no rosto do palhaço desapareceu, e ele disse: - Não fazei troça de mim, santo pai. Envergonho-me ao confessar que esqueci como se reza. Nem me recordo de ter feito alguma caridade. Tudo que faço é tocar minha flauta, rir e cantar por uns poucos trocados, mesmo quando meu coração está triste.
Mas o eremita não quis aceitar essa resposta, pois o anjo lhe dissera que o palhaço era mais santo que ele. Então insistiu: - Lembra-te ! Alguma vez deves ter feito algo grandioso em nome de Deus.
Mas o menestrel falou: - Não, não consigo lembrar nada de bom que tenha feito. Nunca mereci nenhuma glória de Deus ou do homem.
- Mas - insistiu o eremita - sempre foste um vagabundo ? Sempre um mendigo, como és agora ?
- Oh, não - disse. - Vou contar-te como fiquei pobre. Há alguns anos, quando eu era jovem, acabara de receber minha parte na propriedade de meu pai, na longínqua cidade onde morava, quando vi uma mulher à beira da estrada, cansada e chorando, como que perseguida por inimigos.
Perguntei-lhe o que houve, e ela disse que seu marido e filhos haviam sido vendidos como escravos por uma dívida. Não só estava desabrigada e pobre como homens maus queriam levá-la como escrava também. É claro que não havia nada a fazer senão comprar sua liberdade e a de sua família, o que levou todo o dinheiro que eu tinha. Isto explica minha pobreza. Não houve mérito algum nisso.
Qualquer um faria o mesmo, e eu já havia quase esquecido.
O eremita, então, entendeu por que o Senhor considerou o palhaço mais santo que ele. - Toda a minha vida de esforcei pela minha salvação, e os homens me chamavam de santo. Mas este pobre flautista, por uma boa ação, posicionou-se muito à frente na corrida para o Céu. Ele pode esquecer o que fez, mas Deus não.
Então o eremita voltou para sua caverna, um pouco mais triste, porém mais sábio, pois sabia agora que a verdadeira santidade não poderia ser egoísta. Acrescentou em suas orações e jejuns o desejo de ajudar aos outros da maneira que pudesse, mas ainda vivia sozinho em sua caverna.
Dez anos depois, tornou a rogar a Deus que lhe mostrasse alguém mais santo que ele, para que pudesse imitá-lo em sua retidão.
Então o anjo veio, como antes, e disse-lhe que numa pequena fazenda ali por perto moravam duas mulheres, e nelas poderia encontrar duas almas que lhe mostrariam o apelo superior do dever e da santidade.
E ele empreendeu a segunda peregrinação. Quando chegou à fazenda, as duas mulheres o receberam com alegria. Estavam honradas em receber a visita de um santo tão perfeito. Sua fama chegara antes. Elas lhe trouxeram comida e bebida, e o receberam tão fartamente quanto lhes permitiam suas pequenas provisões.
O eremita, porém, mal podia esperar para descobrir delas o segredo de sua aceitabilidade para com Deus; portanto, perguntou-lhes de suas vidas. - Não temos história - disseram. - Sempre trabalhamos duro na casa e no campo, com nossos maridos. Temos filhos amados de quem devemos cuidar. Sofremos pobreza, doenças e mortes, mas assim são todas as famílias, pois não somos diferentes dos demais.
- Sim, mas... - disse o eremita - ...e suas boas ações ? O que tem feito para Deus ? - Ora, nada ! - disseram. - Não temos dinheiro para dar. Somos pobres. Não temos tempo para fazer muito por outras pessoas, pois nossas famílias nos mantém ocupadas de manhã à noite, mas somos muito felizes e contentes.
Apesar de todos os questionamentos, o monge não conseguiu obter nenhuma resposta, por isso desistiu. E partiu desapontado, quando pensou em passar numa casa vizinha e ali perguntar sobre as duas mulheres.
- Ora - disseram - são as melhores pessoas que já existiram. Moram aqui há vinte e cinco anos e ninguém ouviu qualquer animosidade delas; e passaram por muitos sofrimentos, isso sim ! Elas se importam com seus próprios problemas e recebem a todos com palavras doces e um sorriso agradável.
Então uma luz imensa pareceu abrir a mente do eremita.
Ele viu quantas maneiras existem para servir a Deus. Alguns O servem em igrejas e celas reclusas através de glórias e oração. Alguns O servem nas estradas, ajudando estranhos em necessidade ou desespero. Outros vivem na fé e na ternura de lares humildes, trabalhando, educando os filhos, mantendo-se alegres e gentis. Outros mais suportam a dor pacientemente, pela graça de Deus. Infinitas são as maneiras, que somente o Pai Celestial vê.
E o eremita pensou: "Tenho vivido sozinho todos esses anos, controlando meu temperamento, sendo paciente e cordato. Mas poderia ter feito o mesmo com as preocupações de uma vida em família ? Posso viver com muito pouco, mas como estaria na pobreza quando outros sofrem além de mim ? A fadiga e o desgaste de ganhar o pão para outrem talvez fosse demais para mim.
Agora sei o que Deus queria me dizer. É mais difícil ser um santo em casa que num deserto, e para aqueles que, com muita fé, seguiram o caminho mais árduo é maior o crédito. Talvez tenha sido um erro egoísta de minha parte ir para o deserto quando a vida comum teria me fornecido tudo que eu poderia pedir - espaço para abnegação e uma estrada que me levasse diariamente um pouco mais para perto de Deus.


(Autor Desconhecido ... caso este veja este texto exposto por favor entre em contato ... para que possa ser creditado em seu nome o texto ou ate mesmo publicado outros da mesma lavra )

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Por definição :


EREMITA


Um eremita ou ermitão é um indivíduo que, usualmente por penitência, religiosidade, misantropia ou simples amor à natureza, vive em lugar deserto, isolado. O local de sua morada é designado eremitério.

A figura do Eremita simbolisa a Essência da experiência, reflexo do sucesso, caminho certo para uma vida longa, repleta de êxitos incomuns. Quem o tem por perto, mesmo que de vez em quando, recebe a sua energia, manifestada pelo seu cajado e pela sua lanterna.
O cajado simboliza uma jornada constante e tranquila, onde todos os empecilhos são afastados de sua vida e todas as barreiras transpostas, com naturalidade e sem tropeços. Da lanterna emana a energia da luz que ilumina uma vida de suprema experiência, marcada pela humildade e solidariedade, com destino certo à glória em todos os seus sentidos, e à longevidade.
O peregrino está ligado ao aprendizado do mergulho interior, ensina que as referências do mundo estão dentro de nós.



Pensando nisto e voltando à idéia da expansão, devemos sempre lembrar do mergulho, dos momentos de reflexão profunda que acabam de fato trazendo luz em nossas vidas!
Não permita que o fato de ser um Eremita indique que você está tão envolvido com sua solidão que não deixa espaço para que as pessoas se aproximem e travem contato ; ou que tu te sintas totalmente auto-suficiente, iluminando o próprio caminho, como o senhor da vidaa. Também significa sabedoria adquirida com experiência de vida.
Não se feche em seu mundo.
Expanda-se!



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Canção do Peregrino

Sou o peregrino ,
Minha alma não tem lar.
A solidão e a saudade do silêncio e de tudo que ainda não vi queima meu peito,
os pés anseiam pela poeira da estrada.
Meus amores se perdem nas sombras,
... e muitas vezes apenas tenho os olhos da coruja como guias.
Eis a bênção do Peregrino & a maldição do Peregrino.
Todo o mundo é meu lar, mas meu lar verdadeiro me é negado.
Todas as tribos servem para pousada, mas meus próprios ancestrais me são negados.
Há os que dizem que um lobo solitário não merece confiança, ou que merece pena.
Eles não me conhecem realmente.
Pois afinal a Lua não segue solitária seu caminho no céu ?


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