Agora tu vais, e leva o coração nas mãos.
Protege-o das intempéries, que se avizinha o frio do inverno e a chuva não é um lugar feito para os músculos cardíacos.
Vais e depois, quando eu olhar para as tuas costas à distância, terás partido para sempre - eu que fingi não estar quando a tua sombra assomou à soleira da minha porta.
Vais e não mais teremos um céu que nos cubra aos dois, nem a norte nem a sul.
Vais, porque o nosso tempo acabou, muito cedo foi tarde demais, e esse coração que levas na mão não resistirá ao frio e à chuva, mais um ano ou dois em silêncio, até que eu sofra de novo o inconveniente de lembrar-te.
Estou a aprender. mas ainda só os mortos sabem morrer.
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