sexta-feira, março 04, 2005

Conhecer-se e conhecer a DEUS

Conhecer-se e conhecer a DEUS
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O princípio é simples, observar-se a si mesmo como se fosse uma outra pessoa, sem julgar, sem justificar. O objetivo é adquirir consciência, não um mero ajustamento a um determinado padrão, seja qual for. È A única maneira de se conseguir uma mudança real Devemos agir como um detetive seguindo todos os nossos passos nas relações do dia a dia, nossos pensamentos, sentimentos, jeito de andar, reações automáticas, simpatias e antipatias (são muito reveladoras pois, quando alguém nos desagrada, freqüentemente é porque denuncia característica semelhante em nosso próprio caráter que não queremos ver), mecanismo de defesas, fobias, posturas (notar como cada uma delas corresponde a um estado emocional), o que ocorre a nossa volta os sons, os cheiros os carros, as pessoas, o movimento interno e o externo, ambos na verdade, são um só.
Nossas relações com pessoas, coisas, circunstâncias, ocorrem de forma mecânica, automática, inconsciente, dessa forma não temos controle sobre nossas reações. Por exemplo, diante de um insulto, um homem reage furiosamente disposto a revidar violentamente. Como pedir que seja razoável, se naquele instante não há um eu responsável no controle daquela "máquina humana". Ele está totalmente identificado com a raiva, ele é a própria raiva, nada mais. Um tal homem assim seria muito facilmente manipulado por alguém que percebesse sua fraqueza, e tratasse de usa-lo, mediante insultos, calunias, intrigas, etc, a agir conforme o interesse do manipulador. Isso é verdade também em relação às demais emoções, ao sexo, a ambição, o orgulho, a vaidade, etc...
O homem é como uma grande casa cheia de hóspedes penetras, não convidados, do mais variados tipos: artistas, bêbados, libertinos, falsários, honestos, enfim toda a espécie de gente. Os empregados que deveriam tomar conta da casa e dos hóspedes, não só permitem como ajudam eles mesmos a estes últimos a prepararem uma tremenda festa. Os patrões estão fora e nada sabem sobre isso. Bem no meio da festa um dos convidados resolve que deve comandar e outros não concordam, também querem a primazia. Por fim, decidem que cada um comandará um certo período de tempo, mesmo assim ocorrem os conflitos e vão durante toda a festa lutar pra ver quem manda na casa. Onde está o dono da casa? Esta dormindo! A casa tem mente, tem coração e esses hóspedes vão entrando e fazendo baderna. È assim com o homem, os pensamentos vem e vão quando querem e trazem sempre com eles as emoções correspondentes. Cada um deles diz "eu". Aparecem ao sabor das circunstâncias, uma coisa ou uma pessoa, desta maneira somos arrastados pelos acontecimentos. Inconscientes carregando um mundo de "eus ou máscaras", muitas em conflito. Às vezes um promete algo, mas é fácil esquecer os demais membros da " orda" podem não ter interesse nisso.
Devemos estabelecer um centro permanente que possamos chamar de eu. O que temos realmente é uma coleção de "eus" ou "máscaras". Observe a sucessão de máscaras que assumimos inconscientemente durante o dia; para cada pessoa uma máscara ou um eu diferente. Uma máscara para o cônjuge, namorado ou namorada, outra pros amigos, outra para um superior hierárquico, uma para pessoas "importantes", e ainda outra para pessoas "sem importância", ou para desconhecidos juntamente com inúmeros mecanismos de defesa. Tudo automático e sem consciência.[SEJAMOS SINCEROS ]
Não é o automatismo o problema e sim o fato de não termos a menor consciência da mudança de máscaras e termos máscaras , estas sim constituem o problema real. O automatismo é necessário em determinado grau, observe quando se aprende a dirigir, no começo quem tenta o faz de forma intelectual.Com o treinamento e o tempo, dirigir então, torna-se uma coisa automática mas não necessariamente, uma coisa inconsciente.
Dois são os obstáculos principais que devemos dar atenção desde o início:
- O esquecimento. - A identificação.
Quando iniciamos Assim, faz-se necessário reconhecer que de fato estamos inconscientes, perdido entre brumas de mil pensamentos e sentimentos conflitantes. Pois do contrário, crendo-nos despertos, não empreenderemos esforços no sentido de despertar-nos. E em geral, quanto mais inconsciente, mais se crê desperto.
O homem atual é como um robô, uma máquina, programado como um computador pelos vários condicionamentos, idiossincrasias religiosas, raciais, culturais e disso não pode fugir, pois está inconsciente. Quando criança era espontânea, mas os professores, os pais e a educaram em conformidade com o que aprenderam, por sua vez, de seus antepassados...Não se trata aqui de destruir as tradições, e etc, e sim do uso consciente de nossa razão, de sabermos o que estamos fazendo e porque estamos fazendo. Ademais, Nunca, mas nunca mesmo, devemos acreditar em algo que não possamos comprovar por nós mesmos ou na pessoa de DEUS. O homem é um microcosmo (uma pequena párticula de DEUS ), o que está acima é supremo e digno e nescessário de ser conhecido, portanto conhece-te a ti mesmo e depois conheça a DEUS . Conhecer a si mesmo é o objetivo da experiênciae da vida pois o que existe em você existe em todo o universo e o que não existe em você só existe em DEUS.
Verá que é difícil. Quando nos identificamos com alguma pessoa, objeto, circunstância, nos tornamos tal coisa, apaga-se qualquer senso de individualidade, não há um centro. Portanto devemos estar atentos para permitir a identificação, somente assim seremos os "donos da situação " e poderemos agir sem isenção, com precisão, coerência e bom senso.
Lembre-se:
- Ninguém pode faze-lo sentir-se inferior, infeliz, irado, etc, sem o seu consentimento. - A sorte e o destino estão escritos em cada coração. - Os outros só fazem com a gente o que a gente deixa. - Jamais alguém lhe ofendeu; você é quem se ofendeu. - Jamais alguém lhe tirou algo; se perdeu é porque nunca lhe pertenceu. - Jamais alguém lhe fez infeliz; foi você que se conduziu por caminhos tristes. - Que sua sorte jamais foi decidida por outra pessoa; tudo foi apenas sugestão e não lhe teria atingido se você conhecesse a si mesmo e uma vez desperto, saberia e não aceitaria. - Observar as pessoas no dia a dia, notar como são inconscientes, como não se lembram delas mesmas, perdidas em mil pensamentos, preocupações, parece até que o seus corpos andam sozinhos, como andróides; isso ajuda a manter-nos conscientes mas cuidado para não se colocar como superior, ou desenvolver arrogância, vaidade, etc, somos todos iguais.

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