sábado, fevereiro 19, 2005

BEIJO NO INIMIGO

BEIJO NO INIMIGO

Foi no tempo da guerra entre a Rússia potente e os heróicos
Nipões, calmos filhos do Oriente.Em torno ao Porto Arthur, o cerco apertava, como um cinto de ferro
às portas da cidade, a quem valente ousasse por ali penetrar, ou
por ali passar.Na boca dos canhões a morte a rir traiçoeira, partia a cada
instante.E na veloz carreira, a vida ia ceifando aos míseros soldados,
tão desumanamente assim sacrificados.

Uma tarde, em que cessara de momento, o canhoneiro, como a
colher novo alento, viu junto à linha de fogo, uma adorável
criança sem mostras de temor, cheia de confiança.Apareceu correndo...O olhar de quem procura, ansiosa descobrir naquela massa
escura, de uniforme e fumo, o rosto conhecido, o risonho perfil de
um semblante querido.Ao ver a pequenina, um japonês, um bravo que como a língua
pátria, entendia o eslavo, pergunta-lhe, tomando-lhe em suas
mãos calosas, as mãos da criança,alvas e cetinosas.

Que desejas, pequenina?Que procuras em meio a tropa que aqui vês exposta ao
bombardeiro?Quem és tu?De onde vens?Que nome tens menina?
Meu nome, ela responde, eu lhe direi, é Lina.Procuro meu papai, que há muito foi embora.Há muito não o vejo e desejava agora vê-lo outra vez.Para que?Pergunta novamente o filho do Japão, dizendo incontinente.Ele aqui não está, seguiu adiante.Porém, se algum recado ou coisa semelhante quiseres que eu
lhe dê,breve irei encontrá-lo.Descreve-me os sinais daquele de quem falas e eu prometo
cumprir teu desejo inocente.

É fácil conhece-lo, informa contente.É alto o meu papai, é forte é maravilhoso.Tem como eu, os olhos azuis.O seu rosto é barbado, é louro e seu cabelo também da cor
dos meus como bem podes ver.E do seio tirando um pequenino retrato, acrescenta a sorrir:Façamos um trato, eu te dou este papai, para que não te
esqueças, e vendo o verdadeiro, em breve o reconheças.Chama-se Ivan.
Pois bem, disse o nobre soldado, que o retrato guardou.Dá-me agora o recado que eu hei de procurar o teu papai em
breve.
Mas não é um recado que lhe peço que leve, replica-lhe a
pequena.Então, dize o que queres?E eu prometo fazer o que disseres.Pois sim, Lina responde.É esse o meu recado.Chegue junto ao papai e entregue-lhe este beijo.Assim dizendo, salta ao colo do soldado e beija-lhe o semblante
em lágrimas banhado.
Um bravo que não chora, ante a uma horrível matança, chorou
ao receber o beijo da criança.

E como dos canhões ouvisse a voz bramindo, Lina foi-se a correr
por onde tinha vindo.Durante a noite inteira o fogo não cessara.As tropas de Mikado, aos poucos avançava.Num assalto feroz o inimigo em frente, cada qual mais terrivel,
cada qual mais valente.E as bandeiras do Sol Vermelho tremula sobre a trincheira russa
à força conquistada.Todo o céu se clareava sobre a rósea madrugada.Pelos campos afora os mortos e feridos eram sem distinção, por
todos recolhidos.Quando ao ver um soldado, as faces descoradas, pendida sobre o
peito a blusa ensangüentada, lembrou-se o japonês das
feições da criança.Era um russo, o ferido, e o japonês o chama:
Ivan!
Que me quereis?O moribundo exclama surpreso, por ouvir o seu nome proferido
pelos lábios de um inimigo.Eu te trago escondido, o bravo continua, um beijo que te envia tua
filhinha Lina.Ela mesma o daria se pudesse vir cá.Não podendo, guardei-o para agora depor na tua fronte em meio.E ao dizer isso, o calmo filho do nascente, beija o russo e o
abraça ternamente.



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O FILHO
Um próspero homem e seu único filho, amavam colecionar
obrasde artes raras. Eles tinham de tudo em sua coleção, desde
Picasso a Raphael.Elessempre sentavam e admiravam as grandes obras de arte juntos.Quando a guerra do Vietnã estourou o filho foi pra guerra.Ele era muito corajoso e morreu na batalha enquanto salvava outro
soldado.Quando o pai ficou sabendo da morte do seu precioso e único
filho, sofreumuito.Quase um mês depois, após o Natal, ouviu batidas na porta.Um jovem parado na porta com um grande embrulho nas mãos.
Ele disse,"Osenhor não me conhece, mas eu sou o soldado a quem seu filho
deu a vida.Ele salvou muitas vidas naquele dia, ele me carregou pra mesalvar quando foi atingido por uma bala no coração e morreu
instantaneamente.Ele sempre falava sobre o senhor e sobre a coleção de arte que
vocês tinhamjuntos.O jovem entregou ao pai o embrulho que tinha nas suas mãos."Eu sei que isso não é muito. E também não sou um grande
artista, mas eugostaria que aceitasse." O pai abriu o embrulho. Era um retrato do
seufilho, pintado pelo jovem.Ele se assustou pelo modo como o soldado tinha captado a
personalidade doseu filho na pintura.E os olhos do pai se encheram de lágrimas. Ele agradeceu aojovem e ofereceu uma quantia em dinheiro pela pintura."Oh, não
senhor, eujamais poderei pagar o que seu filho fez por mim. É um
presente."O pai aceitou emocionado e colocou o retrato junto com asdemais obras de arte. A todos os visitantes que iam ver as obras
de arte,ele se orgulhava de mostrar o retrato de seu filho antes de mostrar
as demaisobras de arte.O homem morreu poucos meses depois. E foi feito um grandeleilão de suas obras de arte. Muitas pessoas de influência e
posses, colecionadoresde arte, se reuniram pra ver se conseguiam adquirir algumas das
preciosidades.Na plataforma estava lá, pra todos verem a pintura do filho.O leiloeiro golpeava o seu martelo. "Começaremos o leilãocom a pintura do filho. quem pagará por essa pintura?" E houve
um silêncio!Então uma voz no fundo da sala, disse: "Queremos ver as obrasde arte de pintores famosos. Deixe essa pra depois." Mas o
leiloeiro persistiu."Alguém pagará por essa pintura? Quem começará
ofertando? $100, $200?"Outra voz, gritou nervosamente. "Não viemos aqui pra ver essapintura.. viemos aqui pra ver Van Goghs, Rembrandts, Picasso.
Esses valemas ofertas!"Mas o leiloeiro continuou. "O filho! O filho! Quem levaráo filho?" Finalmente, uma voz falou lá do fundo da sala. Era o
jardineirodo homem e seu filho. "Eu darei 10 doláres por essa pintura."Sendo um homem pobre, era tudo que podia ofertar."Temos 10dolares, quem pagará 20 dolares?""Dê a ele por 19 doláres.
Deixe-nos veras grandes obras.""10 dolares é a oferta, Alguém não quer dar
20 dolares?"A multidão estava começando a ficar enfurecida. Eles não
queriama pintura do filho. Eles queriam mais investimentos para as suas
coleções.O leiloeiro golpeou o seu martelo."Dou-lhe uma, dou-lhe duas,
VENDIDO, por10 doláres!"Um homem sentado na segunda fila, gritou. "Agora, mostre-nosas grandes obras da coleção!" O leiloeiro abaixou seu martelo.
"Lamento,o leilão acabou.""Mas e as outras pinturas?""Lamento. Quando fui chamado pra conduzir esse leilão, eufiquei sabendo do desejo secreto do dono das obras. Eu não
podia revelarisso até agora. Somente a pintura do filho seria leiloada.Quem adquirisse a pintura do filho, levaria toda a coleçãojunto com ela. O homem que levou o filho ganhou com ele tudo o
mais!"
Deus deu Seu único e precioso Filho pra morrer em nosso lugarhá mais de 2000 anos atrás. Assim como o leiloeiro, Sua
mensagem hoje é,"O Filho,o Filho, quem levará o filho?"
Perceba, quem levar o Filho, leva tudo o mais."E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; eesta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem
não tem oFilho de Deus não tem a vida." 1S.João 5:12


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Ele observou o menino sozinho na sala de espera doaeroporto aguardando seuvôo.
Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente dafila para entrar eencontrar seu assentoantes dos adultos.
Quando Ogilvie entrou no avião, viu que o menino estavasentado ao lado desua poltrona.
O menino foi cortês quando Ogilvie puxou conversa com elee, em seguida, começou a passar tempocolorindo um livro.
Ele não demonstrava ansiedade ou preocupação com o vôoenquanto as preparações para a decolagemestavam sendo feitas.
Durante o vôo, o avião entrou numa tempestade, muitoforte, o que fez que ele balançasse como umapena ao vento.
A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram algunsdos passageiros, maso menino parecia encarartudo com a maior naturalidade.
Uma das passageiras, sentada do outro lado do corredorficou preocupada comaquilo tudo, e perguntouao menino:- Você não está com medo?
- Não senhora, não tenho medo, ele respondeu, levantandoos olhos rapidamente de seu livro de colorir.Meu pai é o piloto!
Existem situações em nossa vida que lembram um aviãopassando por uma forte tempestade.Por mais que tentemos, não conseguimos nos sentir emterra firme.
Temos a sensação de que estamos pendurados no ar sem nadaa nos sustentar, a nos segurar,em que nos apoiarmos, e que nos sirva de socorro.No meio da tempestade, podemos nos lembrar de que...
"NOSSO PAI É O PILOTO!"
Apesar das circunstâncias, nossa vida está nas mãos doDeus que criou o céu e a terra.
Ele está no controle, por isso não há o que temer.Se um medo inconsolável tomar hoje conta do seu ser, diga:
"MEU PAI É O PILOTO, NÃO TEMEREI MAL ALGUM!"