Pergunto-me qual o tempo certo para esperar. Como saber se devemos prolongar a espera por alguém, por alguma coisa, mesmo tendo a noção clara de que não é provável que venha?
Como saber se aquilo a que chamamos esperança mais não é do que um desgaste dispensável?
Lembro-me de um filme extraordinário em que a personagem principal dizia, a dada altura:
"Há momentos na vida em que um homem sabe que tem de desistir". Depois, a cena seguinte era uma porta filmada durante uns segundos. E aparecia ele, todo resoluto: "Porém, eu não era um desses casos", dizia ele em voz off enquanto batia à porta da mulher que amava e que o tinha tentado afastar.
Quem espera numa estação por um comboio, por exemplo, sabe que ele virá. E que, se não vier, outro o substituirá pouco depois. O que nunca sabe é o que encontrará no destino. Se for reencontrar alguém, talvez o sentido esteja aí mesmo. No momento em que, de novo, vê o rosto que procurava e que lhe dará a certeza de que valeu a pena ter esperado.
Se não reencontrar quem esperava, pelo menos terá tentado. Mesmo que depois tenha de bater de novo à porta, como a personagem do filme, e arrisque o que mais ninguém se disporia a arriscar.
O texto, roubei-o daqui...:
Como saber se aquilo a que chamamos esperança mais não é do que um desgaste dispensável?
Lembro-me de um filme extraordinário em que a personagem principal dizia, a dada altura:
"Há momentos na vida em que um homem sabe que tem de desistir". Depois, a cena seguinte era uma porta filmada durante uns segundos. E aparecia ele, todo resoluto: "Porém, eu não era um desses casos", dizia ele em voz off enquanto batia à porta da mulher que amava e que o tinha tentado afastar.
Quem espera numa estação por um comboio, por exemplo, sabe que ele virá. E que, se não vier, outro o substituirá pouco depois. O que nunca sabe é o que encontrará no destino. Se for reencontrar alguém, talvez o sentido esteja aí mesmo. No momento em que, de novo, vê o rosto que procurava e que lhe dará a certeza de que valeu a pena ter esperado.
Se não reencontrar quem esperava, pelo menos terá tentado. Mesmo que depois tenha de bater de novo à porta, como a personagem do filme, e arrisque o que mais ninguém se disporia a arriscar.
O texto, roubei-o daqui...:
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