sábado, julho 21, 2007

o gato !!!



→ O gato,
O gato é um mamífero que pode viver de 15 a 39 anos.(apesar de tantas lendas que o dotam com idades indeterminantes , tendentes a eternidade .... )
noturno, de identificação lunar, maternal, independente, reacionário, revolucionário ,dócil e amável, benevolente .

Associa a si : O Entendimento sobre mistérios.




É Animal misterioso associado aos poderes da lua , sensualidade, limpeza. O gato representa a sabedoria; a prudência e a vivacidade; visões místicas; independência.O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações. Na simbologia , Muito embora não seja hoje em dia tão difundido, o culto ao animal espalhava-se outrora pelo mundo. ( Mesmo os deuses que não possuíam forma animal tinham um animal sagrado a eles dedicado, que os simbolizava ) . Entre estes animais, o gato foi um dos mais adorados, tanto por sua fecundidade quanto por seus hábitos noturnos, que o tornaram o guardião da noite, dos mortos, e dos mistérios da vida e da morte.








→No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.C., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspavam as sobrancelhas em sinal de luto .



Nise da Silveira em "O mundo das imagens" diz que os egípcios, p. ex., veneravam três deusas leoas – Sekhmet, pekhet e Tefnet -, todas a mesma divindade furiosa e muitas vezes irracional em sua fúria santa :


"Sekhmet, a poderosa, é a deusa das batalhas, que lança fogo pela enorme goela.(como representado logo abaixo)





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Pekhet desencadeia torrentes devastadoras

nos desertos do leste, onde habita.

( assim como o demonstrado logo ao lado

ela e normalmente representada sentada

em um trono de areia ,

argila , ou ate mesmo em alguns casos de terra-cota ;

Sempre adquirindo uma postura semelhante a da leoa vigilante antes de caçar )

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Tefnet, sujeita a grandes cóleras, emite fogo pelos olhos e pela boca.


Mas nem sempre essas deusas se apresentam sob aspecto tão terrificante. Elas podem metamorfosear-se em gata, tornando-se assim dóceis e amáveis. Neste caso, seu nome é Bastet, a benévola" .

( representada comumente com corpo de mulher e cabeça de gata. Esta bela deusa era o símbolo da luz, do calor e da energia. Era também o símbolo da lua, e acreditava-se que tinha o poder de fertilizar a terra e os homens, curar doenças e conduzir as almas dos mortos. Nesta época, os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em muitos amuletos. )





→Na Grécia clássica, o gato foi associado à feminilidade, ao amor e ao prazer sexual, atributos de Afrodite. Também foi associado à Artemis, a deusa da caça e da lua, da qual se dizia que teria escapado um perseguidor, Tiphon, transformada em gata.




→No Império Romano, o gato esteve ligado a várias deusas. Diana, a caçadora, governava a fecundidade e a lua, assim como Bastet, e uma lenda antiga atribui a ela a criação do gato. Também a sensual Vênus é representada como uma gata, uma encarnação de emoções maternas.



→ Apesar de não haver culto ao gato na antiga Babilônia , dizia um mito que o gato teria nascido do espirro de um leão. O leão, aliás, era um símbolo da realeza. (não era atoa que em sua ascensão ao divino , o deus Marduck teve que matar dois leões sagrados )

→O Gato no Budismo

Nos cânones originais do budismo, o gato é excluído da lista de animais protegidos, devido ao fato de que, no momento da morte de Buda, quando todos os animais se reuniram para chorar seus restos, o gato haver não só mantido os olhos secos como comido tranqüilamente um rato, provando sua falta de respeito pelo acontecimento solene. Entretanto, apesar da lenda, o gato foi venerado pelos primeiros budistas por seu autodomínio e a tendência à meditação. Na China, estatuetas de gatos eram usadas para expulsar os maus espíritos, e havia dois tipos de gatos, os bons e os maus, que eram facilmente diferenciados por que os maus tinham duas caudas. No Japão, quando um gato morria, era enterrado no templo do dono, e no altar do mesmo era oferecido um gato semelhante, pintado ou esculpido, para garantir ao dono tranqüilidade e boa sorte durante sua vida.

→O Gato e o Judaísmo

No Talmude, o gato só aparece cerca de 500 d.C., quando o livro sagrado louva brevemente seu asseio. Entretanto, uma antiga lenda hebraica conta que o gato teria sido criado em plena Arca, quando Noé, em desespero por que os ratos estavam se multiplicando e devorando todas as provisões, implorou à Deus que lhe enviasse uma solução. O gato então teria sido criado de um sopro do leão. Outra antiga lenda judaico-espanhola diz que Lilith, a primeira mulher de Adão, o teria deixado para se transformar em um vampiro, que sob o aspecto de um gato preto, atacava bebês adormecidos e indefesos e lhes sugava o sangue.



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Na Cabala e no budismo o gato representa a sabedoria, a prudência e a vivacidade. A tradição popular japonesa aponta-o como um animal que atrai má sorte.Os altos sacerdotes o admiravam , estudavam e mantinha em suas casas este animal misterioso e fascinante, amado por uns e odiado , perseguido pela maioria.

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→ No Culto Celta , na cultura celta, a deusa Cerridwen tem um elo de ligação com o culto ao gato relativo à fecundidade através de seu filho Taliesin, que em uma de suas encarnações foi descrito como um gato com a cabeça sarapintada.











→ No Culto Escandinavo
Nas lendas nórdicas, aparece a deusa do submundo Freya, cuja carruagem era puxada por dois gatos, que representavam as qualidades da deusa, a fecundidade e a ferocidade. Estes gatos mostravam bem as facetas do gato doméstico, ao mesmo tempo afetuoso e terno, e feroz quando excitado. Os templos pagãos eram freqüentemente adornados com imagens de gatos. Na Finlândia, havia a crença em um trenó puxado por gatos que levava as almas dos mortos.

→ Mais que animal irracional,(pendente em dois mundos, metade neste e metade em outro ) ao nas ilhas antigas da Bretanha antes do ano 400 seu julgar era positivo ( ao menos), onde o animal seria a negação da razão em relação ao referente Homem e a elevação e alçada aos deuses Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas. Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Por ter esse ar misterioso e sensual e trazer uma simbologia associada ao mágico, à intuição e à noite, milhares de gatos foram mortos durante a Idade Média - milhares de gatos e milhões de mulheres, ambos acusados de ter parte com o Diabo. Até hoje persiste a imagem da bruxa gargalhando pela noite com seu gato preto, preconceitos sombrios perpetuados por lendas sem fundamento e pelo medo que os ignorantes têm pelo desconhecido. A peste negra que assolou a Idade Média só ocorreu porque quase não havia mais gatos para caçar os ratos. Sem seu predador natural, os roedores se espalharam pela Europa, e consigo levaram suas doenças, como a peste bubônica. A Peste Negra é um exemplo objetivo do que a ignorância pode produzir .
Animal misterioso associado aos poderes da lua, ao mundo da magia e às bruxas, os machos pretos eram a personificação do diabo.


→ O Gato no Islã
Há uma série de contos associando os gatos ao profeta Maomé, a quem teriam inclusive salvo da morte, ao matar uma serpente que o atacava. Por causa desta associação entre o gato e o Islã, a Igreja Católica conseguiu tanto êxito ao relacionar o culto ao gato com as heresias e o demônio


→ O Gato na América Pré-Colombiana
Na América, embora não houvessem gatos domésticos, os grandes felinos, como o puma e o jaguar, tiveram seu lugar no panteão dos deuses. O jaguar era símbolo de grande força e sabedoria, e acreditava-se que os curandeiros mortos transformassem-se neste animal.




→ O Gato e o Cristianismo
A Igreja , no início de sua história, adotou alguns símbolos pagãos e rejeitou outros. Assim, Jesus se tornou "o Leão de Judá", e a serpente a égide do mal. Na seita dos coptas, surgida por volta do século I d.C., havia no evangelho gatos que julgavam os homens após a morte. A primitiva Igreja celta associou vários santos às tradições pagãs e ao culto ao gato. Santa Gertrudes de Nivelles, por exemplo, é representada sempre com um gato, e, na França, dizia-se que Santa Ágata transformava-se em um gato enfurecido para punir os infiéis. Na Idade Média, entretanto, a imagem do gato começou a mudar. No século V, os gnósticos, que atribuíam igual importância a Jesus, Buda e Zoroastro, foram acusados de adorar o demônio na figura de um gato preto. No ano de 1232, o papa Gregório IX funda a Santa Inquisição, com o intuito de descobrir heréticos que cultuavam o demônio, novamente na figura de um gato preto, macho. Em 1344, surge na França, o culto de São Vito, em Metz, queimando vivos anualmente 13 gatos em uma gaiola. Quando a Peste Negra atacou a Europa, dizimando quase um terço da população, inicialmente os gatos foram considerados culpados e perseguidos, ordenando-se a sua destruição. A associação da figura do gato ao culto ao demônio levou inevitavelmente à sua vinculação à feitiçaria e às artes mágicas. No século XV, na Alemanha, ressurgem cultos pagãos como o da deusa Freya. Em 1484, o papa Inocêncio VIII difunde a crença de que as feiticeiras veneravam Satanás encarnado em gato. Por toda a Europa, pessoas inocentes foram torturadas em nome de Deus. E, com elas, seus gatos. Em Ypres, na França, centenas de gatos eram atirados do alto de um campanário em um festival anual. Milhares de gatos foram sacrificados em rituais durante a Páscoa. A perseguição chegou até mesmo à América, quando, em 1692, várias pessoas foram executadas em Salem, no estado de Massachusetts. Entretanto, mesmo nestes tempos inglórios, os gatos foram também companheiros amados em alguns países, como na Rússia, onde eram comuns serem encontrados em conventos e mosteiros. O Cardeal Richelieu possuía vários gatos, entre eles um angorá preto chamado Lúcifer. No sul da França, corria a lenda dos gatos mágicos chamados matagots, que traziam fortuna e sorte a quem os acolhia e amava. Com o passar do tempo, a perseguição foi recrudescendo, e a importância dos gatos como controladores dos roedores foi reconhecido. No século XVIII, são abolidas as leis sobre a feitiçaria, e até mesmo o papa Pio IX rendeu-se aos seus encantos.


→Ele passa imponente por todos caminhando solitário pelos muros noturnos e miando suas brigas e seus amores para a lua, provocando a ira dos humanos que precisam acordar bem cedo para ter mais um dia de trabalho monótono.


→Se acreditava que ele era quem fazia a mudança de humor humano , através de sua influência sobre as fases da lua e do ciclo menstrual humano.
O gato tem em si muito do universo feminino (e a mulher possui muito da alma da gata),


...Mas também carrega um simbolismo masculino singular. Se fosse homem, provavelmente o gato seria um pirata, um cavaleiro árabe antigo ou um esguio baiano lutador de capoeira..Infelizmente ainda hoje os gatos são hostilizados. Pelo que pude observar, as pessoas que odeiam os gatos possuem um perfil muito parecido. Geralmente são fanáticos religiosos ou são materialistas (estranha ponte que liga esses dois opostos. Mas, serão opostos, realmente? Ou os fanáticos e os materialistas são linhas paralelas que correm para o mesmo lado?). Geralmente lamentam o fato do gato ser avesso a correntes. Ora, é maravilhoso que esse bicho tão pequeno brigue por sua liberdade com todas as forças de suas patas! Quem é que gostaria de viver preso a uma corrente?? Essas pessoas que odeiam gatos estão presas por correntes invisíveis aos seus maridos, esposas, filhos, religiões e trabalho, e não suportam ver a liberdade miando em seus muros.
→Corre também a lenda de que o gato gosta mais da casa do que do dono. ( Isso é a maior besteira que podiam inventar contra os gatos ). Acontece que o lugar onde o gato mora, bem como os quintais ao redor, é a sua área de caça. É ali onde ele vai caçar, vai copular e vai impedir a invasão dela por outros gatos. É por isso que uma mudança de casa é tão difícil para ele.
→O gato pode gostar de qualquer pessoa que estiver passando na rua, em frente ao seu portão. Ou então ficar indiferente. Ou então fugir.
Claro que o gato foge as categorias de macho, ou ao menos, do macho "dominante". O gato, noturno, de identificação indeterminante; seu simbolismo seria usado por séculos em diferentes metáforas, desde as mais reacionários (geralmente sacaniando-o) até as revolucionários (em algumas ocasiões louvando-o).
→O simbolismo desse animal: "é característica das contraculturas a contra-utilização dos signos da cultura oficial. se o gato preto é agouro e má sorte para a simbologia ocidental-cristã, vira vigoroso símbolo de rebeldia nas mãos dos artistas-operários" e ainda busca um exemplo histórico onde o gato "para os sindicalistas da IWW (Industrial Workers of the World), representava a sabotagem, a ação direta dos trabalhadores contra o capital" . De fato é Proudhon que pinta "a liberdade sob a forma de uma mulher segurando uma lança com o barrete frígio na ponta e tende a seus pés um gato. Ao contrário, Napoleão detestava gatos" .
Paul Klee , que fez a pintura "Gato e Pássaro" em 1928 , diz: "A coisa mais estranha é que eu não posso viver sem um gato. De um cão nunca me tornarei escravo, mas um gato é outra coisa, não é um animal. Um gato encontrado surge-me sempre como dono de um destino". Paul Klee (Pintor Suíço) 1879-1940.
No entanto, como disse, o gato foi muito utilizado por culturas reacionárias e, especialmente, por culturas que negavam a própria natureza (e em conseqüência negavam um que da ecencia da mulher! Esta deusa que traz o homem ao mundo), este sim fundamento essencial para negar o simbolismo do gato. - Falo do gato porque o sei independente, belo, e o gosto , essa incrível figura é também uma espécie de defensor da alma, de maus augúrios. De fato Cornélio Agripa em "De Occulta Philosophia" dizia, em estranhas palavras, que os gatos seriam da mesma natureza da menstruação e que com ambos "muitas coisas maravilhosas e milagrosas podem ser trabalhadas pelas feiticeiras". O vasto simbolismo da feiticeira se alia ao gato, isto é, a mulher e sua ligação com o espiritual. Não é sem nexo que muitos shamans se vestiam de mulher para entrar em contato com o mundo dos espíritos. –
→Segundo Jung , tanto Perséfone (Koré) , como a "Mãe Divina" eram representadas pelo gato.
→Entre as culturas que negavam o gato podemos encontrar a época medieval onde "Poemas medievais celebram vitórias do rei Arthur sobre gatos-demônios. Nas festivas fogueiras da Páscoa, que da Idade Média se estenderam aos tempos modernos na Europa, gatos eram comumente queimados vivos como substitutos de bruxas e demônios. Ainda no ano de 1648, em Paris, Luís XIV, coroado de rosas, acendeu com as próprias mãos a festiva fogueira onde lançou um saco repleto de gatos vivos". Perguntemos à história: quem era o verdadeiro "feiticeiro"? Ao falarmos das projeções desses simbolismos temos que falar que uma projeção não se da sem um receptáculo adequado, por mais que o projetado não se confunda com a projeção.

→Em suma .. o gato não pode ser classificado , simplesmente tornou-se a incógnita que nos cerca diariamente e que nos atravessa com seus olhos !
Crônica de Carlos Drummond de Andrade
"Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. e papéis, beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual".

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Curiosidade.....

( Para ter-se idéia em uma matéria de um respeitado jornal paulista no dia 27 de julho de 2007 foi contado o caso do gato Oscar que vive em uma casa de recuperação em Rhode Island [EUA] e que pelo " prevê " quando uma pessoa vai morrer ... ! Pelo menos um dia antes ele se mantém próximo do leito do paciente e se mantém ali impacivel e para os observadpres do fato já é conhecido o sinal de que o paciente falecerá )


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