domingo, fevereiro 22, 2004

Citação a Vinícius Longo (& sua tese e descurso sobre o amor no fórum social mundial no Rio Grande do Sul )

Manifesto à superação do amor - Primeira parte de muitas partes e muitas vidas 1/5/2005 1:41 PM1.


O melhor amor é a amizade entre dois melhores amigos.
Quem não gostaria de ser livre até morrer e ter alguém para rir e chorar, contar seus fracassos e suas derrotas? Quem não gostaria de ter alguém para dançar até o sol se pôr e ficar acordado até a sol nascer? Poderia morrer toda noite e renascer toda manhã. Beber água da chuva sem se preocupar em ficar doente, olhar nos olhos de alguém e ver sempre algo que deseja naquele exato momento.Não importa o que deseje, para ter tudo isso, deve haver antes de tudo, liberdade! Liberdade de viver a vida, de sair para dar uma volta pelo mundo e voltar quando quiser. De passar anos longe e quando voltar ser recebido sempre com a mesma festa. Antes de haver amor é preciso de uma boa relação de confiança e amizade. É preciso superar o amor, pois só basear toda a vida nele é estar andando, pisando nas nuvens.
2. O amor mundial é muito mais do que o próprio amor.
O amor mundial é combater a fome, é lutar pelo fracasso das instituições. Nenhuma instituição pode representar o poder de atuação de homem individualmente. Nenhum homem pode se privar de amar da sua forma. De respeitar e criar novas formas de tolerância por todo mundo. De se comunicar mesmo não sabendo falar à língua do outro. É necessário ser humilde e reconhecer no outro alguém com quem deve passar um longo tempo para absorver todo conhecimento que não possui. O homem terá aprendido amar quando souber reconhecer no outro, a existência de algo maior que pode ser de comum a todos.Quem pode me ensinar como responder ao ódio e violência com amor? Quem pode me mostrar como posso impedir que os povos parem de brigar? Quem pode amar sem possuir o outro? Quem pode amar sendo indiferente, sem exigir, sem brigar? O mundo deveria estar cansado de ficar sempre na mesma posição. Pensar o melhor somente para você não melhora em nada. Uma relação a dois, seqüenciada.
3. Quem ainda molda o universo foram os grandes homens que cultivaram toda sua vida com amor.
Mesmo hoje mortos, suas palavras parecem receber a atenção de muitos. O próprio Jesus de Nazaré é o mais indicado para ser apontado. O que ele fez, nenhum outro homem será capaz de fazer da mesma forma, mas nada impede que procure se criar outros caminhos diferentes de amar e resistir ao ódio e o desrespeito, entregando a vida em sua totalidade. Fazer enxergar o tão quanto uma simples ação no caminho errado pode afetar a vida de tantos, representa o mesmo que mostrar à carne e sangue, o que o homem não vê ou não quer ver e não compreende.Enxergar a si mesmo no espelho e não te reconhecer, quer dizer, ver a sua própria identidade, feições no olhar, movimentos do corpo é viver abdicando de si mesmo e, por conseguinte dos demais na sociedade. É condenar aquele que nem conhece, é sofrer por aquele que morreu e nada podem fazer. É criar a injustiça para o bem próprio, porque acredita se não fizer, outro fará, ou se fizer, nada se adiantara. Viver sem esperanças é estar um passo a transformação do homem em coisa. E por assim, não haverá amor, e sim apenas apego.
4. O amor é uma língua sem cultura ou ainda uma cultura inteira independente do toda existência humana.
A vida hoje já não representa o amor. Para se encontrar o amor longe de suas múltiplas identidades caricaturais é necessário um período de testes, reconhecimentos, perdas e ganhos. É necessário um processo único em que cada ser deve encontrar através do próprio caminho único e conquistar o amor em sua totalidade. Para isso, ele deve buscar a sinceridade consigo mesmo, a calma e a prosperidade, o respeito e a tolerância em todos os sentidos. Achando desta forma, uma pergunta para cada afirmação, procurando sempre manter um caminho em que não tem fim.
É estar acompanhado de todos e de tudo e mesmo assim não querer apenas um. Ver quantos mais conseguir ver e entende-los, sem querer desta forma escolher um para segui-lo ou para coloca-lo acima de um pedestal longe dos outros. É amar sem necessitar de reconhecimento e entregar sem querer nada em troca. É estar próximo e mesmo assim não quer circundá-lo, é como ser o vento ou sol, estar sempre presente, cuidando para que seu amor não enfraqueça e morra, mas jamais limitar sua vida.
5. A natureza reconhece a morte como a manutenção de um amor infinito
Aquele que é capaz de amar até mesmo a menor estrutura molecular de vida, mesmo que está nem tenha forma visível, não precisa ser ensinado a amar. Precisa ensinar os outros, como tudo começa, para assim não vivermos sempre na ilusão do futuro e da prosperidade. A natureza por sua vez representa muito que o homem desconhece. Às vezes, sua ligação com ela é tão fraca, que se torna tão superficial. O primeiro passo que deve buscar, é o seu encontro com sua origem. Sabendo de onde vem, e como todo o mundo se adapta para que sua espécie como um todo não fracasse é um milagroso elixir de vitalidade.O próximo passo é buscar na constância da vida, uma forma de implementa-la, não aprimora-la, apenas continuar, fazendo de certa forma o que a natureza faz, mas que é massacrada pelo descaso que a própria espécie humana tem sobre si mesmo e as demais raças. Alguns humanos, apenas gostariam que tivesse uma das possíveis raças humanas vivas, que seria um erro fatal. O que falar então sobre os animais que se sentem muitas vezes acuado pela dominação dos interesses, meramente especulativos.Acorde para a vida! Sua vida cheia de obrigações para a sua manutenção diária é um veneno para os demais. Suas atividades ordenadas e calculadas ditam as normas ao seu redor. A natureza ao contrário apenas dita quatro fases ao ano, que é crucial para a manutenção de todos. O ser humano é imutável em sua estrutura, apenas em situações de crises que ele há de mudar. Viva uma crise amorosa pelo menos quatro vezes ao ano!Perceba que a vida é bela e a morte é apenas um final de ciclo e inicio de outro. São as mudanças, na forma de ver, de conceber, de amar, de odiar. Estude a si mesmo no dia-a-dia. Veja nos outros, os mesmos sentimentos que um dia sentiu e seja solidário. Pense em dividir a dor, ao invés de guarda-la para si e um dia se tornar rancor ou frustração. Assim como do veneno é retirado seu antídoto, ao descaso pode ser retirado muito para que o amor seja superado em todos os sentidos. É necessário ver ao outro com amor, não apenas ver e saber que ele está lá.
Comunidade Cultural do Amor – CCA